A participação de um carrinho de rolimã estilizado como um "Caveirão", o blindado utilizado pelo Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), da polícia do Rio de Janeiro, em uma corrida de estudantes da Universidade de São Paulo (USP) provocou indignação e motivou críticas de integrantes de movimentos de defesa dos direitos humanos no Rio de Janeiro.
Apontado como símbolo de repressão policial em morros e favelas cariocas, o blindado virou ícone da polêmica política de segurança pública do Rio de Janeiro. Em 2006, a Anistia Internacional chegou a fazer um relatório sobre violações relacionadas ao uso do veículo com o título: "Vim buscar sua alma”: o caveirão e o policiamento no Rio de Janeiro."
"É lamentável. A gente até entende porque essas pessoas que participam dessa brincadeira são de classe média e têm esse senso de que a PM está cumprindo a tarefa de manutenção da ordem vigente. São jovens de classe média que não têm noção do que acontece. A gente sabe que efetivamente o que há é a criminalização da pobreza", diz a advogada Lidiane Penha, integrante do movimento "Direito para quem?" e uma das participantes da campanha "Caveirão não".
Tropa de Elite
Para ela, o fascínio de jovens paulistanos pelo veículo do Bope está relacionado ao sucesso do filme Tropa de Elite, cujos efeitos também deixaram ativistas do grupo Tortura Nunca Mais preocupados.
"As pessoas que moram na favela, que não fazem parte de nada, hoje não estão sendo somente excluídas, elas estão sendo exterminadas. A gente vê chacinas como a do Alemão, a da Coréia, e ninguém faz nada. O Tropa de Elite mostra bem isso. Eles (policiais do Bope) viraram heróis."
Apesar de indignada, a advogada diz não estar surpresa. "Falta informação, não chego a me chocar. A noção que eles têm é a noção que a PM passa para a sociedade. Eles dizem que usam o Caveirão quando são atacados, quando precisam entrar nas favelas para acabar com as redes de tráfico de droga, mas não é só isso. Ninguém divulga o que de fato acontece".
Além da indignação com o carrinho de rolimã estilizado, integrantes de associações de direitos humanos também mostraram-se incomodados com a réplica de 30 cm do Caveirão entregue ao relator especial da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre Execuções Arbitrárias, Sumárias ou Extra-Judiciais, Philip Alston, pelo comandante do 16º BPM (Olaria), Marcus Jardim, na sexta-feira. As informações são do G1, da Globo. [A Tribuna Online]
Apontado como símbolo de repressão policial em morros e favelas cariocas, o blindado virou ícone da polêmica política de segurança pública do Rio de Janeiro. Em 2006, a Anistia Internacional chegou a fazer um relatório sobre violações relacionadas ao uso do veículo com o título: "Vim buscar sua alma”: o caveirão e o policiamento no Rio de Janeiro."
"É lamentável. A gente até entende porque essas pessoas que participam dessa brincadeira são de classe média e têm esse senso de que a PM está cumprindo a tarefa de manutenção da ordem vigente. São jovens de classe média que não têm noção do que acontece. A gente sabe que efetivamente o que há é a criminalização da pobreza", diz a advogada Lidiane Penha, integrante do movimento "Direito para quem?" e uma das participantes da campanha "Caveirão não".
Tropa de Elite
Para ela, o fascínio de jovens paulistanos pelo veículo do Bope está relacionado ao sucesso do filme Tropa de Elite, cujos efeitos também deixaram ativistas do grupo Tortura Nunca Mais preocupados.
"As pessoas que moram na favela, que não fazem parte de nada, hoje não estão sendo somente excluídas, elas estão sendo exterminadas. A gente vê chacinas como a do Alemão, a da Coréia, e ninguém faz nada. O Tropa de Elite mostra bem isso. Eles (policiais do Bope) viraram heróis."
Apesar de indignada, a advogada diz não estar surpresa. "Falta informação, não chego a me chocar. A noção que eles têm é a noção que a PM passa para a sociedade. Eles dizem que usam o Caveirão quando são atacados, quando precisam entrar nas favelas para acabar com as redes de tráfico de droga, mas não é só isso. Ninguém divulga o que de fato acontece".
Além da indignação com o carrinho de rolimã estilizado, integrantes de associações de direitos humanos também mostraram-se incomodados com a réplica de 30 cm do Caveirão entregue ao relator especial da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre Execuções Arbitrárias, Sumárias ou Extra-Judiciais, Philip Alston, pelo comandante do 16º BPM (Olaria), Marcus Jardim, na sexta-feira. As informações são do G1, da Globo. [A Tribuna Online]