Queriam me capar hoje!

Quem me conhece pessoalmente, ou quem me segue no Twitter, já deve saber que eu trabalho como responsável pela área de TI em um hospital na região metropolitana de Belo Horizonte. Sendo assim, sou administrador do sistema que gerencia todos os processos do Hospital, e passo horas do dia realizando testes, realizando ajustes, procurando novos recursos e ajudando usuários na utilização dessa ferramenta vital para o funcionamento da instituição.

Hoje, enquanto realizava um desses testes no módulo de agenda cirúrgica, acabou ocorrendo uma situação que no final das contas achei bem engraçada! Tudo começou quando a coordenadora do centro cirúrgico solicitou que eu realizasse alguns ajustes no agendamento de cirurgias. Então, realizei os tais ajustes e então fomos realizar um teste juntos para verificar se o que fiz atenderia às necessidades do setor dela.

Qual o melhor jeito de se testar uma agenda cirúrgica!? Agendar uma cirurgia, óbvio! Então fomos agendar juntos uma cirurgia fictícia, e nesse teste o paciente que utilizamos era este ao qual vocês lêem. Já como procedimento cirúrgico que foi utilizando nesse agendamento coloquei a Vasectomia (esterilização masculina, onde o cirurgião corta o canal que "coloca" os espermatozóides no esperma). Escolhi esse procedimento porque, pra falar a verdade, é o único procedimento que eu sei o nome!

Depois de concluir o agendamento (que foi realizado para amanhã às 15 horas), verificamos o resultado para sabermos se os ajustes que fiz deram certo e então fui realizar o cancelamento via comandos SQL em minha sala, para que esse registro na nossa base de produção não gerasse problemas.

Aí que começa a confusão. Nesse pequeno intervalo em que andei do centro cirúrgico até a minha sala, o setor de internação que tem como tarefa entrar em contato com os pacientes que irão se internar para cirurgias agendadas para o próximo dia gerou um relatório com todos os pacientes para amanhã, e o meu nome estava nessa listagem!

Então, a secretária ligou para a minha casa e minha esposa Helen (a Leoa) atendeu. Disseram ser do Hospital (o que eu trabalho, mas a secretária ainda não sabia que o paciente era eu)  e questionaram se estava tudo certo comigo para o procedimento que seria realizado no dia seguinte. A Helen achou isso estranho, pois eu não havia lhe comunicado que realizaria procedimento, e resolveu perguntar qual procedimento seria esse. Foi quando lhe disseram que era uma vasectomia! A esposa caiu na gargalhada, pois sacou logo que seria um engano, pois ela sabe que trabalho fazendo várias coisas em várias áreas do sistema.

Logo após encerrar essa ligação, Helen me ligou no celular e já foi perguntando: "Amor, você vai fazer vasectomia amanhã? A moça aí do hospital me ligou aqui!". Não me contive e cai em uma forte gargalhada, pois isso já foi o suficiente para entender tudo o que havia ocorrido. Expliquei calmamente a ela o que ocorreu, mas ainda rindo muito.

Depois, quem me ligou foi a secretária, ainda meio sem graça e sem entender o que havia acontecido. Expliquei a ela sobre o teste que estava realizando no sistema e sobre o equívoco, também em meio a muitas gargalhadas.

Ao final das contas, isso me serviu para aprender a usar a base de testes ao invés de fazer testes na base de produção da instituição. Mas geralmente quando é um teste rápido faço na base de produção mesmo pois, além da base de testes ser mais lenta, nem sempre ela possui dados e parâmetros atualizados.

Uma última coisa que eu gostaria de salientar é que o procedimento de vasectomia não poderia ser realizado em um homem de apenas 28 anos como eu e que ainda não tem filhos, por questões de ética médica. É considerado antiético esterilizar uma pessoa fértil e capaz de ter filhos antes de os ter.

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